terça-feira, 17 de dezembro de 2013

10 ANOS DE RALI MITSUBISHI OUTDOOR



Escrevi essa matéria para a revista Sports Mag 50ª edição de 10 anos. Segue abaixo a matéria na integra com fotos da Ana Luisa Correa Rodrigues, fotógrafa.


A prova mais divertida e familiar dos ralis, esteve pela primeira vez no Estado do Espírito Santo, e surpreendeu pelas belezas naturais por onde passou e pela estratégia montada pelos organizadores. Uma espécie de corrida de aventura, com gincana, com desafios e com foco no ambiental, o Rali da Mitsubishi levou participantes de diversos Estados do Brasil à brincar e se divertir. Claro, eu estava lá!

O objeto “carro” no Brasil é sinônimo de desejo. Faz parte da nossa cultura! Há um fascínio, uma admiração, um gosto próprio e particular na escolha da marca, no design, na potência, na utilidade... Pensando nisso, a Mitsubishi criou o Rali Outdoor para mostrar, especificamente, que teu carro pode te levar a locais belos, de difícil acesso e nunca antes escolhidos, entrando nos roteiros turísticos e de lazer. O Rali Outdoor não te leva apenas para dentro de um autódromo para pôr o pé no acelerador, ou para dentro de uma prova extrema com início, meio e fim. Ele te leva para uma aventura esportiva com experiências trocadas entre familiares e amigos. Muitos competidores escolhem seus carros pensando em participar dos ralis Mitsubishi, juntando suas vidas particulares e pessoais com diversão e o lazer esportivo.


Conheci os ralis da Mitsubishi há 8 anos e participei de 4 provas diferentes, distribuídas em Rali Motorsport (prova de regularidade em Camboriú/SC), Rali Cup (Velocidade em Mafra/PR) e o Outdoor (estratégia em Brasília e Vitória/ES). Confesso que o Outdoor é o mais divertido, o mais surpreendente e o que se aproveita mais as regiões por onde passam as provas: locais de extrema beleza natural e fora dos roteiros turísticos convencionais.


Chegamos à Vitória, capital do Espírito Santo, eu e a fotógrafa Ana Luisa Correa, na véspera da prova e fomos diretamente para o briefing onde seria distribuído o mapa e esclarecimentos dos detalhes. Neste momento, os organizadores checaram e conferiram os carros com os adesivos contendo os números e patrocinadores das equipes da minha categoria de iniciantes, a Fun: modelos Pajeros, L200, ASX e Outlander 4x4.


Aproveitei para fazer minha inscrição e conhecer minha equipe formada somente por mulheres jornalistas e repórteres. Uma diversão tremenda!


No dia seguinte acordamos cedo, café da manhã às 6h00 no hotel e rumamos para a largada na Praça do Papa. Muita agitação e adrenalina! Conheci o carro que iria pilotar: um Pajerinho TR4 vermelho com número da equipe 327. Conferi os detalhes, combustível, capa no pneu traseiro, encaixe da Ecox Cam para fazer fotos internas e gravações e seguimos para o oeste do estado, subindo a serra capixaba em direção aos municípios de Marechal Floriano, Matilde e Domingos Martins. Após 1 hora de asfalto percorridos na BR 262, chegamos em um posto de gasolina para pegar o passaporte de acesso e início das tarefas. Conferimos o mapa e traçamos a melhor estratégia para cobrir o máximo de atividades dentro do tempo previsto. Precisávamos cumprir tarefas esportivas, como trilha de bicicleta, caminhadas com vista para a Pedra Azul e exercícios de técnicas verticais (subida em escada de corda e descida de rapel) dentro de uma cascata típica da mata atlântica, a Cachoeira do Zeca, famosa na região. Fomos correndo para lá, ou melhor, dirigindo!


Entre dois carros, ficamos cerca de 1 hora perdidas, entramos e saímos de trilhas de areia e cortadas pelo asfalto. Paramos na frente de uma igrejinha construída em 1891 para admirar e fotografar. Mas o tempo era curto! Conseguimos achar o acesso até a Cachoeira do Zeca para completar nossa primeira tarefa.


Com todos os equipamentos de proteção devidamente checados e em dia, uma das mulheres da equipe, a repórter Bruna Bezerra (programa Ponto Cult, TV Tribuna/SBT – ES) desafiou as águas geladas, abaixo de um calor de 32 graus às 11h00 da manhã! “Foi um alívio e uma delícia subir a Cachoeira do Zeca. Etapa cumprida”, desabafou Bruna.


Ficamos alguns minutos na área de camping e pousada. Esperando a Bruna se secar e novamente “pé na estrada”. Dentro dos carros, nos comunicávamos por rádio e decidimos, em função do horário e da melhor pontuação, entrar novamente na BR 262. Seguimos direto para o município de Domingos Martins, onde fica o Parque Estadual da Pedra Azul, também conhecida como pedra do lagarto, pela saliência semelhante ao réptil.


Após 2h30 chegamos ao parque. Da estrada até a base da Pedra Azul percorremos caminhando cerca de 1 km até a área de visitação. Ali, tínhamos que carimbar o passaporte comprovando nossa passagem por este ponto obrigatório da prova.


Fiquei encantada e “petrificada” pela beleza da região, considerada como o terceiro melhor clima do mundo com uma altitude média de 1.350 metros. A área do parque é de 1.240 hectares, mas apenas 5% são abertos a visitação. Além da Pedra Azul, há também a Pedra das Flores, importantes afloramentos de granito e gnaisse, cartões postais do estado devido às belezas espetaculares das formações rochosas de 1.822 e 1.909 metros de altura! Como passam a maior parte do tempo encobertas pelas nuvens, há um micro-clima úmido e frio em seu topo e isso faz com que muitas plantas, especialmente flores e orquídeas, cresçam em seu topo (daí o nome).


A região apresenta rica biodiversidade de espécies endêmicas, onde foram catalogados 182 tipos de aves, 51 de bromélias e 126 de orquídeas. No parque existem cobras, veados, macacos, preguiças, onças e muitas aves que migram para região durante os meses de junho a julho, quando a temperatura pode chegar a 0°C. Elas fazem seus ninhos e se reproduzem em cavernas na Pedra Azul. A vegetação original é a Mata Atlântica, com espécimes que chegam até 25 metros. O bioma predominante desta unidade de conservação brasileira é de Floresta Ombrófila Densa Altomontana. Se quiseres visitar e conhecer o Parque Estadual da Pedra Azul as coordenadas geográficas são S 20º 24'07" W 41º 01'23".


Vale à pena uma passada na região! De todo o trajeto do rali, o trekking até o parque compensou todos os quilômetros rodados em mais de sete horas de prova, pilotando sob um calor de 35ºC!


Saímos da região cansados porém com um largo sorriso no rosto. Rumamos para Vitória para completar a prova e participar da entrega de prêmios. Ficamos em último lugar da categoria Fun, mas em primeiro no quesito satisfação e felicidade por termos percorrido a serra capixaba!


Fernando e Eduardo Gualberto, irmãos e empresários, criadores da prova do Rali Outdoor, contaram-me num bate papo bem informal, que juntaram suas experiências como atletas de corridas de aventura com diversas participações no Rali dos Sertões. Como estrategistas, foram convidados pela Mitsubishi a criar esta prova e quiseram trazer um pouco das aventuras pessoais para a Mitsubishi, há 10 anos. Receita que até hoje está dando certo.


“O conceito da prova é que os competidores têm que encontrar determinados ponto no mapa, espalhados dentro de um trajeto, com alguns pontos marcados como uma casa, uma ponte, uma árvore.... e em alguns pontos, eles devem fazer algumas atividades de aventura, e para chegarem neles você tem que andar de bike, remar, escalar, caminhar... Isso para ajudar a sua equipe a conseguir o maior numero de pontos. Por outro lado, também tem algumas tarefas culturais como visitar um museu, fazer uma análise da arquitetura de algum ponto, fazer uma foto de um monumento, em fim, é como se fosse uma grande gincana de aventura, um jogo” explica Fernando.


“Diferente dos ralis tradicionais, onde o importante é o carro ou a estrada, o nosso rali tem uma interação muito grande com o local, com a região. Então, se você faz uma prova do Rali Outdoor aqui em Vitória e outra em Porto Alegre, elas são completamente diferentes e extremamente atrativas porque os locais são geograficamente muito distintos. Você está aprendendo sobre a cultura, sobre a região, como se fosse um grande passeio sem deixar de ser uma competição” completa Eduardo.


Para Fernando “o objetivo principal da prova é fazer a ligação do cliente com a marca, além de interagir os filhos com os pais, pois enquanto os adultos dirigem, os pequenos podem realizar as tarefas esportivas e sociais. Todos são importantes para a conclusão de cada etapa”.


O local de cada prova é escolhido e elaborado de diversas formas, antecipadamente. Os dois irmãos fazem um levantamento e pesquisa dos pontos atrativos com a ajuda de mapas, GPS, Google Earth, imagens de satélites, estudo teórico na internet e uma pesquisa da área de interesse da prova com a ajuda das Secretarias de Turismo, e somente depois de muitas informações eles visitam os locais.


A prova evoluiu consideravelmente comparando as primeiras há 10 anos com as 70 provas seguintes, pois são 07 etapas por ano. Não apenas a tecnologia que utiliza GPS, internet, satélite, comunicação, mas as tarefas que incluem a participação de estudantes e profissionais da gastronomia, arquitetura, história, biologia, geologia, turismo, etc. Esses profissionais contribuem com informações específicas e dados para as equipes conseguirem mais pontos e agregam seus conhecimentos sobre as regiões por onde passam.


O Mitsubishi Outdoor é dividido em duas categorias: Extreme, para os mais experientes, e a Fun, para as equipes que estão começando. As equipes da categoria Extreme fizeram ainda uma série de travessias na região do Espírito Santo: uma estrada cheia de desafios, com rios, pontes e trechos estreitos, onde puderam colocaram à prova seus carros.


Entre as atividades culturais, uma em especial divertiu muito as equipes. Eles precisaram trazer um kit de roupas e montar um espantalho, personagem comum nas plantações da região. E uma vez que estavam entre plantações, colheram folhas de diferentes verduras e legumes (como jiló, inhame, pimentão, tomate, couve e outras) e garantiram mais alguns pontos.


Após as provas, os próprios competidores e participantes repassam suas opiniões e dicas através da página da empresa de Fernando e Eduardo, a G2 Adventure. “Esse feedback que recebemos dos participantes é a maior compensação de que fizemos a coisa certa” finaliza Fernando Gualberto.

A Mitsubishi Motors realiza ações sociais e ambientais durante as provas. Uma dela é Mitsubishi Pró Brasil. Nesta etapa de Vitória foram arrecadadas na inscrição seis toneladas de alimentos, entregues para o Serviço de Engajamento Comunitário do Espírito Santo e para a Fundação Fé e Alegria - Projeto Viva a Vida.


Desde 2010, criou-se o MIT Pró Verde, para neutralização do carbono emitido pelos carros participantes das etapas dos ralis. Até hoje mais de seis mil árvores nativas do cerrado foram plantadas em uma área de preservação permanente na fábrica da Mitsubishi, em Catalão (GO). E hoje, está em fase de preparação um novo terreno para o plantio de mais seis mil mudas.


Há dez anos, quando foi criado o Outdoor, deu-se início à conscientização verde dos participantes, pois muitas provas tinham dentre as atividades o plantio de árvores durante o trajeto, bem como o cálculo da quilometragem rodada por cada carro e, com isso, cada equipe tinha uma idéia de quanto carbono lançava na atmosfera, levando os participantes a plantarem árvores. Carbon Free!


O Mitsubishi Outdoor tem patrocínio de Gol, Centauro, Atlântica/Midori, Clarion, Columbia, Unirios, Transzero, Castrol, Mapfre, Cisa Trading, Brascabos, Pirelli, Pilkington e Axalta.


Resultados das equipes vencedoras na 5ª etapa - Vitória (ES) 
Categoria Extreme
1) Tamboré
2) To na Rossa
3) Flexsoft
Categoria Fun
1) Proforma Mit Ira da Lama
2) Boomerang Carioca
3) Equipe 40x40


Apoio: AKBelegantt Comunicação Esportiva, Ecox Cam, Deuter, Sunthrice, Solo, By Aventura, Columbia e Mormaii.

Agradecimentos: Ana Luisa Correa Rodrigues, João Paulo Lucena e Carolina Vasconcellos (Assessora de imprensa - MMC).

Saiba mais sobre Rali Mitsubishi Outdoor www.mitsubishimotors.com.br












segunda-feira, 14 de outubro de 2013

CORUJA ORELHUDA NA CIDADE




Tanto é o meu fascínio pelo meio natural que por onde ando, observo com atenção o mundo ao meu redor, sempre pronta para uma novidade.

Um simples passeio ou visita à casa dos meus sogros, na zona sul de Porto Alegre, na beira do Rio Guaíba, já é um laboratório para observação da vida animal e vegetal.

Perto das 18h de domingo, estávamos tomando um café na rua, e o anoitecer foi convidativo para uma coruja pousar nos galhos secos de uma enorme árvore, em um condomínio fechado mas repleto de plantas nativas.

Fiquei observando-a cerca de 10 min, onde no decorrer da hora, ela deveria estar iniciando uma caçada, pois os hábitos dessa ave são vespertinos e noturnos.

Minha foto da coruja orelhuda de celular.
Consegui fazer algumas fotos pelo celular, mas a falta de uma lente e a pouca luminosidade não permitiram muita definição, porém consegui ver a proeminência das orelhas: era uma coruja-orelhuda (Pseudoscops clamator).

Pesquisei um pouco sobre essa coruja da família dos estrigídeos, com ampla distribuição na América Central e do Sul, com exceção das áreas florestais da Amazônia. Elas chegam a medir até 37 cm de comprimento, penacho da cabeça longo e proeminente e disco facial branco margeado de negro. Também são conhecidas pelos nomes de coruja-gato. Às vezes é confundida com o mocho orelhudo, que possui algumas características idênticas, mas ele é maior e mais pesado.


A coruja orelhuda tem uma envergadura de 22,8 a 29,4 cm pesando entre 320-546g. Vive em bosques, borda de matas, áreas abertas com árvores, podendo ser encontrada também em áreas urbanas bastante arborizadas como Porto Alegre, RS.


Durante o dia fica camuflada nas árvores. Também é visto frequentemente em arames à margem de estrada, postes, etc. Têm uma capacidade de girar a cabeça a mais de 270º. Além da poderosa visão, assim como nas outras corujas, essa espécie possui um disco facial branco fortemente definido bem destacado que desempenha importante papel de refletor sonoro, que amplia o volume do som facilitando a localização da presa.


Esta coruja tem "orelhas" bem destacadas, que na verdade são penachos bem desenvolvidos localizados acima de suas orelhas, possuindo tarsos poderosos para seu tamanho. Emite vocalizações bastante variadas, geralmente em seqüência prolongada.


A Coruja Orelhuda, geralmente tem ninhos no chão em uma aglomeração gramínea aplainada. Ocasionalmente terá ninhos em uma árvore. Põe de dois a quatro ovos que choca durante 33 dias. A fêmea permanece no ninho enquanto o macho lhe traz comida. Quando atingem de 37 a 46 dias, os filhotes já conseguem voar. Mais tarde, com 130 até 140 dias, as jovens corujas são expulsas do território pelos seus pais para criarem sua própria família em outro território.

Entre as ameaças dessa espécie, consiste em caça predatória e atropelamentos na estrada. A coruja orelhuda tem como predadores outras aves de rapina maiores.


Sua caça é crepuscular. Alimentam-se de aves, grandes insetos, lagartos, pássaros, répteis, pequenos mamíferos como roedores e morcegos, inclusive morcegos-vampiros (Desmodus rotundus), pequenos vertebrados, cobras e anfíbios. Os mamíferos e os pássaros pequenos são sua preferência na dieta! Sua caça mamífera inclui ratos domésticos, ratos do arroz e gambás. Já nos pássaros, gosta das pequenas pombas e pardais domésticos. Sua técnica da caça foi descrita como um vôo baixo sobre a paisagem aberta caçando geralmente a partir de um poleiro observando à presa e se atirando a ela em seguida, com mergulhos abruptos sobre esta.

Fascinante ver uma espécie em uma cidade repleta de poluição sonora. Ganhei o final de semana!

Fotos: Google imagens 

domingo, 22 de setembro de 2013

ROUPA ANTI TUBARÃO




Criadas para confundir os reis dos mares na hora de escolherem suas presas, dois empresários australianos, Hamish Jolly e Craig Anderson, lançaram roupas de borracha que prometem repelir tubarões e foram desenvolvidas com base em uma minuciosa investigação sobre como os tubarões vêm suas presas.

 
Dois modelos diferentes de roupas de neoprene: “Diverter”, com padrões de raias brancas e azuis para deixar os mergulhadores menos visíveis aos olhos dos tubarões e a outra "Ellude" para surfistas, possui listras brancas e pretas e leva o tubarão a acreditar que o usuário não é um alimento adequado.


O lançamento do projeto coincide com uma onda de ataques desses animais no Estado da Austrália Ocidental. Os tubarões são comuns no litoral do país, mas ataques fatais acontecem – em média, uma pessoa morre a cada ano vítima de ataque de tubarões.

A pesquisa levou em conta novas descobertas científicas sobre as percepções de luz e o daltonismo dos tubarões. O objetivo do estudo era produzir uma roupa que pudesse camuflar o banhista dentro d’água. Craig Anderson afirma que a roupa "confunde" os sistemas visuais dos tubarões e acredita que haverá "demanda substancial" do mundo inteiro por suas roupas. "Todo mundo está procurando uma solução, gente do mundo inteiro fica nervosa só de entrar na água".

 
Shaun Collin, pesquisador da Universidade da Austrália Ocidental afirmou que o desenho branco e preto afasta os tubarões dos surfistas. "Muitos animais são repelidos por padrões listrados que indicam que a presa potencial não deve ser comida".

O governo do Estado da Austrália Ocidental financiou testes com bonecos e tubarões-tigre no seu litoral. Durante o experimento, os animais ignoraram os manequins vestidos com as roupas listradas, enquanto atacaram aqueles que usavam os tradicionais trajes pretos dos surfistas.

Outros testes ainda serão feitos no sul da Austrália e na África do Sul quando o verão começar, em dezembro.

 
Alguém se habilita aos testes de segurança, a começar nas praias da capital Recife aqui no Brasil???

Mais informações: SAMS – Shark Attack Mitigation Systems e assista ao vídeo abaixo.