Após uma semana de
incansáveis notícias e informações sobre o incêndio que modificou a paisagem da
Reserva Ecológica do Taim, felizmente, nesta madrugada, a chuva que chegou com
total força ao estado do RS, finalizou a devastação da região.
O incêndio foi
provocado de madeira natural, por um raio e como tudo na natureza, ele não foi
causador de desgraças, pelo contrário, trouxe benefícios para a flora, por mais
estranho que pareça!
Ao abrir o jornal Zero
Hora de hoje, na página 41, me deparei com uma reportagem confirmando
exatamente sobre esta minha afirmação: Os sistemas protegidos como o do Taim,
acumulam muitas matérias, que submetidas ao tempo seco, têm fácil combustão. O
ecossistema deve se recompor rapidamente, uma vez que as plantas queimam superficialmente,
as raízes estavam protegidas pela água.
Entrevistei e
conheci Henrique Ilha, chefe da estação do Taim, no ano de 2010 quando fiz um
programa sobre Trilhas pelo Taim e durante 3 dias, percorri muito da região.
Fiquei alojada na Unidade de Conservação e administração do Taim – ICMBio com
minha equipe e convidados. Segue link de informações sobre nossa visita ao Taim: Postagem Taim - Blog Terra Australis
A diversidade de
animais é espantosa e a forma como vivem em harmonia com o ambiente maior
ainda! Minha maior preocupação e lástima durante esta semana foi em relação aos
animais. Mas na própria informação vinda de Henrique Ilha, hoje pela manhã, foi
que "nenhum animal morto foi percebido, nem mesmo répteis e anfíbios que têm os
banhados como habitats." A natureza é mesmo perfeita! Ela se modifica e
transforma-se conforme suas necessidades ambientais e atmosféricas.
A Estação Ecológica do Taim (ESEC Taim), criada em 1978, pelo decreto nº 92.963, e administrada
pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Possui
uma área de 33.815
hectares e situa-se na estreita faixa de terra entre o
Oceano Atlântico e a lagoa Mirim. Compreende partes dos municípios de Santa
Vitória do Palmar e Rio Grande, no Rio Grande do Sul.
O acesso à estação ecológica se faz através da BR-471, estrada que
atravessa longitudinalmente a área da estação. O objetivo principal é de
proteger um dos principais ecossistemas do país bem como o fato de esta área ser um dos locais por onde passam
várias espécies de animais migratórios vindos da Patagônia, e proporcionar
meios para que universidades e outras instituições possam fazer estudos
ecológicos.
A planície costeira do Rio Grande do Sul apresenta áreas de grande
expressão no contexto ambiental do extremo sul do Brasil, originada pelos
avanços e recuos do mar. Os banhados do Taim apresentam diversificados
ecossistemas e estão representados pelas praias lagunares e marinhas, lagoas,
pântanos, campos, cordão e campo de dunas.
Estou planejando
que dentro de 3 meses, no inverno gaúcho, ir revisitar o Taim e verificar esta
transformação, fotografar e registrar como a vida se transforma.
Fotos Renato Grimm e JP Lucena (animais) e Google Imagens (incêndio).